INTOLERÂNCIA À LACTOSE E ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE (APLV) Entenda a diferença e os sintomas de cada um

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Apesar de ambas serem causadas pelo consumo de leite, a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) são disfunções diferentes.
A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma reação alérgica às proteínas presentes no leite de vaca ou em seus derivados. Isso ocorre, porque assim que os bebês nascem, seu intestino ainda está imaturo e a ingestão dessas proteínas pode iniciar um processo de inflamação no aparelho digestivo. A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) atinge cerca de 5% dos bebês e crianças menores de 3 anos, já os adultos, raramente têm a doença.
A intolerância à lactose caracteriza a impossibilidade de digestão de produtos lácteos (leite e seus derivados) e ocorre em pessoas que não produzem a enzima lactase ou produzem-na em quantidade insuficiente para digerir a lactose (açúcar presente no leite). A intolerância pode acontecer a qualquer momento e se agravar na vida adulta.

Intolerância à lactose:

Sintomas
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), os sintomas são diarréia, vômitos e dificuldade para ganhar peso.

Diagnóstico
O teste mais comum é realizado da seguinte forma: o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, são colhidas amostras de sangue que indicam os níveis de glicose. Se não houver alteração, significa que a pessoa é intolerante à lactose.
Existe também o exame respiratório, que monitora a quantidade de hidrogênio nos gases exalados após a ingestão da lactose. Apesar de apresentar alta sensibilidade, é um exame pouco utilizado pela dificuldade técnica e pelo alto custo do método.

Tratamento
Nos casos de intolerância, basta substituir leites e derivados por versões sem ou até mesmo com baixo teor de lactose, conforme recomendação do médico e/ou nutricionista.

Alergia à proteína do leite de vaca (APLV)
Sintomas
Conheça alguns dos sintomas comuns em quadros de APLV e converse com seu médico se você perceber a manifestação destes sintomas no seu filho:

Diagnóstico
De acordo com Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), o médico deve analisar toda a história do paciente e solicitar o teste cutâneo ou o exame de sangue.
Se relação entre ingestão e o quadro clínico não for tão evidente é necessário confirmar através do teste de provocação oral. Lembrando que este teste sé deve ser realizado em hospitais com estrutura para emergências ou próximo a uma unidade semi-intensiva.

Tratamento
Nos casos de alergia, é preciso cortar de vez a proteína do leite da dieta e ficar atento aos rótulos dos alimentos. Nomes como caseína e soro, por exemplo, significam leite e aparecem com frequência em produtos industrializados.
É importante lembrar que a falta de leite na dieta pode resultar na carência de cálcio, vitamina D, riboflavina e proteínas, tornando necessário o acompanhamento de um nutricionista.

Confira algumas dicas da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) na hora de comprar e consumir alimentos:

– Fique atenta à composição das preparações, pois o alimento que causa alergia alimentar pode estar oculto. No caso do leite de vaca, lembre-se que ele entra como ingrediente de manteiga, margarina, creme de leite, chocolate, sorvete, bolo, pudim, empanados, molhos e tortas entre outros.
– Entre em contato com as indústrias alimentícias (através do SAC) para conhecer melhor a composição dos produtos que o seu bebê consome.
– Tente experimentar as receitas fornecidas pelo médico e/ou nutricionista para melhorar a aceitação da dieta e variar o cardápio.

Fonte: Danone Baby

Imagem: Bigstock – By: Olga Krig