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Quando o Glúten está fora do menu

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Quando o assunto é emagrecer, as mulheres fazem o que podem para perder alguns quilinhos. A dieta da moda que conquistou celebridades consiste em retirar do cardápio o glúten, uma proteína vegetal encontrada em produtos como trigo, aveia, centeio e cevada.

Mas será que cortar o glúten realmente adianta? A dica dos especialistas é, antes de copiar as celebridades, fazer uma reeducação alimentar com um profissional qualificado. Segundo o médico nutrólogo Maximo Asinelli, o glúten está presente em pães, bolos, massas, cereais, cerveja, entre outros alimentos consumidos no dia a dia. “Quando comemos alimentos com glúten, o que acontece é um inchaço natural do intestino delgado. Por isso, ao iniciar uma dieta sem essa substância, é possível perceber a perda de alguns quilos, mas o que realmente engorda não é o glúten e sim os outros componentes que fazem companhia a ele nesses alimentos, como o carboidrato, a gordura e outras proteínas”, explica o médico.


De acordo com ele, a dieta do glúten é restritiva como várias outras. “Qualquer dieta com restrição de calorias pode emagrecer, seja com a retirada do glúten, da gordura ou do carboidrato, por exemplo. Mas é importante ressaltar que são alimentos que possuem fontes energéticas e nós precisamos consumi-los moderadamente, e não cortá-los totalmente”, alerta. Em uma dieta em que se evita o glúten, outros alimentos podem suprir o organismo com o carboidrato necessário. É o caso de algumas frutas e legumes, além de raízes como batata-doce e mandioca.

Organismo pode criar barreira ao alimento

A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Ca¬tólica do Paraná Helena Maria Simonard Loureiro explica que cortar o glúten da alimentação pode ser perigoso. “Em geral, a pessoa sem intolerância patológica a essa proteína pode adquirir uma insuficiência enzimática e acabar tendo de consumir uma alimentação sem glúten para o resto de sua vida. É como se criasse uma barreira ao alimento”, explica.

Opção

A jornalista Débora Donadussi Pusebon da Costa, de 31 anos, optou há sete anos por uma dieta sem glúten e sem lactose. “Fui a uma nutricionista funcional para fazer uma reeducação alimentar e para perder um pouco de peso antes do meu casamento”, conta.


Segundo ela, após a dieta de desintoxicação, várias coisas mudaram. “Minha maior queixa eram as crises de enxaqueca constantes e a TPM muito acentuada, além da vontade enorme de comer doce, inchaço abdominal, entre outras coisas. Após esse período de desintoxicação percebi que os sintomas sumiram. Na prática, vi que ficar sem essas substâncias só me fez bem. A partir daí, continuei seguindo a dieta restritiva, um pouco mais flexível, e hoje já adaptei ao meu dia a dia”, diz a jornalista, que apesar de ter perdido seis quilos em poucas semanas no início da dieta não acredita que cortar apenas o glúten faça emagrecer.

Fibras

A jornalista cortou da dieta, industrializados, carboidratos, farinhas e incluiu alimentos ricos em fibras. “Eu como algumas coisas com glúten, mas tem de ser moderadamente. Quando como algo à tarde, por exemplo, já sei que de noite não posso comer novamente. Meu organismo se acostumou com essa restrição. No início da dieta sem glúten senti um pouco de cansaço e indisposição, mas foi só nos primeiros dias. Depois, o efeito foi restaurado. O que eu percebi foi que a barriga diminuiu de forma bem mais rápida do que quando fazia a reeducação alimentar convencional”, comenta.

Fonte: Sem Gluten Sem Lactose