Quem são os principais vilões da alimentação?

O assunto é velho: o açúcar faz mal à saúde, mas o Brasil continua entre os cinco países com maior número de obesos. Quem passou dos 50 pode sofrer ainda mais com o consumo de doces e carboidratos brancos.

A maioria das pessoas não sabe, mas está consumindo os alimentos errados e prejudicando a saúde. A bolachinha água e sal, tão consumida no lanche da tarde, por exemplo, possui muita gordura vegetal hidrogenada.

Veja quais são os alimentos que devem ser evitados e quais devem ser priorizados nessa idade:

– O açúcar é o principal vilão em qualquer idade. Trocar o docinho por uma fruta e usar açúcar natural, como stevia e sucralose, é a melhor opção.

– Cada grama de carboidrato branco representa cerca de 3,4 calorias. Esse alimento se transforma em açúcar no sangue e, por isso, também não é indicado para quem já chegou aos 50.

– Cortar o açúcar e continuar comendo pão é um erro muito comum porque as pessoas não associam ainda que esse tipo de carboidrato se transforma em açúcar em nosso corpo.

– A gordura vegetal hidrogenada é outra vilã. Apesar do nome técnico, é fácil reconhecer os alimentos que contém esse item: os crocantes, as margarinas alguns sorvetes.

Depois dos 50, a perda de massa magra é crescente, assim como o acúmulo de gordura. Escolhas erradas podem acentuar esse cálculo.

Veja quais são as melhores escolhas para manter a saúde alimentar:

– Carnes, leites e derivados e ovos. O trio de proteínas está no topo dos alimentos mais indicados, pois contribuem consideravelmente para aumentar a massa muscular.

– Carboidratos integrais são ricos em nutrientes que, com a idade, podem ser mais difíceis de absorver sem uma “ajudinha”. Variar entre aveia, quinua, chia e amaranto é a dica da nutróloga.

– Frutas e verduras são os queridinhos dos nutricionistas. O ideal é comer cinco porções por dia.

– Três opções de verduras no almoço e na janta e duas de frutas nos lanches é o mais indicado. No Rio Grande do Sul, o índice câncer de intestino pode ter relação direta com o pouco consumo dessa dupla.

Fonte: ZH

Imagem: Bigstock by bhofack22

Quanto mais açúcar você come, maior a chance de morrer do coração

Os efeitos nocivos do excesso de açúcar na alimentação já são bem difundidos pela comunidade científica. Esses efeitos têm sido estudados, principalmente, sobre alterações no metabolismo produzidas pelo excesso de açúcar e que levam às doenças crônicas como a obesidade e diabete tipo 2.

Um estudo produzido pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e publicado recentemente na revista Journal of American Medical Association – JAMA, expõe uma associação entre o consumo excessivo de açúcar e o risco de morte por doença cardíaca independentemente dos outros problemas de saúde causados pelo excesso de açúcar. Estudos epidemiológicos prévios já indicavam que a maior ingestão de açúcar está associado com o risco de doença cardiovascular. Este novo estudo se propôs a investigar a associação entre este consumo e a mortalidade por doença cardiovascular.


A quantidade de açúcar contido em uma dieta média Americana é suficiente para aumentar em 20% o risco de morte por doença cardíaca. Em 70% dos adultos investigados, 10% ou mais das calorias diárias ingeridas provém de açúcar adicionado aos alimentos. Outros 10% de adultos ingerem 25% ou mais de suas calorias diárias provenientes do açúcar. Nestes dez por cento de pessoas que ingerem um quarto ou mais de suas calorias na forma de açúcar, o risco de morrer de doença cardiovascular é dobrado. O conjunto de dados caracteriza o que costuma se chamar uma curva dose-resposta, quanto maior a dose (no caso a ingestão de açúcar adicionado) proporcionalmente maior é o efeito (risco de morrer de doença cardíaca). Mesmo não caracterizando uma relação de causa efeito, a curva dose-resposta adiciona robustez às conclusões do estudo.


Este consumo de açúcar adicionado ao alimento muitas vezes é insidioso. Muitos alimentos industrializados possuem açúcar (não somente os doces) para melhorar o sabor, textura, etc. Nos Estados Unidos 37% do açúcar adicionado à dieta provém das bebidas adoçadas (refrigerantes e sucos adoçados). Uma lata de 355 ml de refrigerante contém, em média, 9 colheres de chá de açúcar, o que corresponde a 140 calorias. Uma lata de refrigerante por dia já é o suficiente para aumentar o risco. Os pesquisadores alertam que mesmo a pessoa ingerindo uma quantidade adequada de calorias diárias e não tendo sobrepeso, o refrigerante ou suco adoçado tomado diariamente pode ter impacto no risco de mortalidade por doença cardíaca.


Além das bebidas adoçadas o açúcar aparece nos alimentos tipicamente identificados como doces, incluindo neste grupo, as tortas, bolos, balas, sorvetes, achocolatados e iogurtes (é um alimento associado com saúde, porém é difícil encontrar aqueles naturais, não adoçados). Muitos alimentos possuem açúcar e não são doces, como molho de saladas, pães, ketchup.


A quantidade limite recomendável é muito variável. Pelo estudo aqui descrito, até 10% do total das calorias diárias de açúcar adicionado parece seguro quanto ao desfecho doença cardíaca. Cabe salientar que não está se falando da porcentagem de carboidratos ingeridos, e sim do açúcar adicionado.


Deve-se ter atenção com ingredientes com a terminação “-ose” descrito nas etiquetas das embalagens dos alimentos industrializados. Frutose e sacarose são sinônimos de açúcar.


Seja a quantidade de açúcar adicionado ou alimento industrializado, vale a máxima: quanto menos, melhor.

Fonte: ABC da Saúde
Imagem: USP