O que provoca a sobrecarga de líquido no corpo?

A principal causa de sobrecarga de líquido é a insuficiência cardíaca (também chamada de insuficiência cardíaca congestiva), problema em que o coração enfraquece e não consegue levar sangue suficiente para outros órgãos do corpo. Quando o fluxo sangüíneo fora do coração fica mais lento, o líquido se acumula nos tecidos do corpo e os rins não conseguem eliminar os excessos de sódio (sal) e de água.

O excesso de líquido pode se acumular em vários lugares do corpo, levando ao inchaço dos pés, dos tornozelos, da parte inferior das pernas (edema periférico) ou do abdome (ascite). Quando o excesso de líquido se acumula nos pulmões, o problema é chamado de edema pulmonar.

A sobrecarga de líquido também pode ocorrer como conseqüência de outros problemas de saúde, como doença renal e hepática. Também pode ser efeito colateral de determinados medicamentos.

Os sinais e os sintomas comuns da sobrecarga de líquido incluem:

– Edema (inchaço dos pés, tornozelos ou parte inferior das pernas);

– Ascite (inchaço do abdome);

– Aumento rápido do peso devido ao acúmulo de líquido;

– Fadiga;

– Dificuldade para respirar;

– Tosse e/ou dificuldade para respirar à noite (especialmente deitado).

Embora o problema possa se desenvolver em pessoas de todas as idades, a insuficiência cardíaca é mais comum na terceira idade. Dados mostram que a insuficiência cardíaca é o diagnóstico mais comum entre os idosos hospitalizados. E como a população está envelhecendo, a quantidade de pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca aumenta anualmente. A insuficiência cardíaca também é mais comum entre pessoas que estão acima do peso ou obesas. O excesso de peso aumenta o esforço do coração e, além disso, pode levar a diabetes tipo 2, que aumenta o risco de insuficiência cardíaca.

 

Fonte: Como Tudo Funciona

Imagem: Bigstock – By: Alexilus

O perigo da hipertensão

No Brasil, assim como em outros países, 30% da população adulta têm hipertensão. Está presente naqueles que fumam e bebem, que têm diabetes, são obesos e ingerem sal em excesso, são sedentários e tantas outras co-morbidades. Por isso, o hipertenso é candidato a doenças do tipo infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, popularmente conhecido derrame, perda do funcionamento dos rins, rompimento ou entupimento dos grandes vasos do corpo.

Infelizmente a hipertensão arterial não é uma doença que habitualmente produza sintomas, daí ser difícil convencer alguém a tomar remédio se nada sente. O tratamento correto é fundamental quando queremos aumentar a vida útil dos pacientes. Infelizmente estamos falando de uma doença que não tem cura e com um agravante, medidas inadequadas de estilo de vida aumentam as chances de fazer alguém tornar-se hipertenso.

Entre 90% a 95% dos hipertensos têm a doença primária, isto é, não podemos identificar quais motivos levaram alguém a tornar-se hipertenso. Mas sabemos que, por meio de medicamentos, podemos bloquear várias vias responsáveis pela doença. Entre 5% e 10% está a população na qual identificamos uma causa, o que pode permitir o tratamento definitivo. São as chamadas causas secundárias da hipertensão arterial.

Entre as mais freqüentes e de mais fácil tratamento estão o alcoolismo no homem e o anticoncepcional nas mulheres. Além disso, apnéia do sono, que tem forte elo com a obesidade, e o uso de drogas ilícitas são condições capazes de promover hipertensão.

As doenças renais, aquelas que promovem obstrução dos vasos que levam sangue aos rins e obstrução da aorta são causas de hipertensão secundária. Medidas preventivas contra a agressão aos rins, podem minimizar a ocorrência de doença aterosclerótica e desobstruir a aorta são passos importantes para o controle da pressão arterial.

Doenças que acometem a suprarrenal e outras glândulas como tireóide e hipófise são capazes de promover retenção de líquidos e estreitamento das artérias e com isso provocar hipertensão. Finalmente o uso de medicamentos, como os antiinflamatórios, promove aumento na pressão arterial.

Hoje dispomos de vários exames para a identificação das mais diferentes causas de hipertensão, mas nem sempre isso significa a cura. Assim, quando o tratamento da causa não controla os níveis de pressão arterial, lançamos mão dos anti-hipertensivos para diminuir a morbidade e mortalidade de origem cardiovascular dos hipertensos.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia preocupada com a dimensão dessa doença que atinge milhões de brasileiros está promovendo a campanha “Eu sou 12 por 8”, que pretende alertar a população e fazer com que todos possam medir a sua pressão e se cuidar.

 

Fonte: Humana Saúde

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