Você sabia que existe gordura no interior dos ossos?

Muito se engana quem pensa que só é possível perceber as gordurinhas a mais flagrando as sobrinhas que saem das roupas. Nem todas ficam evidentes assim. Podem estar onde menos se imagina: no interior dos ossos. Mas sem neuroses! Não há certeza entre cientistas se ela faz totalmente mal à saúde.

A existência de gordura no interior dos ossos é conhecida há uma centena de anos, mas o crescente interesse dos pesquisadores pela gordura da medula óssea (BMF) aumentou nos últimos 15 anos. Isso porque deixou de ser visto como mais um simples tecido de enchimento para ser considerado um dos atores do microambiente interno do osso.

O osso não é composto só de tecido ósseo, mas também de medula óssea. Ela pode ser chamada de vermelha quando está cheia de células hematopoéticas, isto é, do tipo mais comum de células-tronco adultas; ou ainda de medula amarela devido à maior ocorrência de adipócitos – células que armazenam gorduras e regulam a temperatura corporal. Ao nascer, as cavidades ósseas são preenchidas principalmente com a medula vermelha, no entanto, a partir da infância, começa a ocorrer uma conversão. As células hematopoéticas são gradualmente substituídas pelo tipo amarelo.

Uma reconversão, porém, já pôde ser observada em pessoas que passam por situações de falta de oxigênio em tecidos do corpo humano, como fumantes ou pacientes com apneia do sono obstrutiva. Nessas condições, as células hematopoéticas começam a substituir as de gordura dentro do osso, processo que, embora pareça o contrário, é ruim para o organismo. Apesar de serem encontradas grandes variações individuais, existe, globalmente, correlação positiva entre a gordura óssea e idade.

Efeitos diversos

Os adipócitos da medula óssea são células que interagem com o ambiente. Em adultos, a medula óssea amarela apresenta um volume de aproximadamente 7% da gordura total do corpo e cerca de 2,6kg do peso corporal, equivalente a um dispositivo de armazenamento de cerca de 23 mil calorias. Como outros, os adipócitos da medula óssea não têm somente a função de armazenamento. Estão envolvidos também com células secretoras, ligadas, por exemplo, à secreção de hormônios, em particular, a leptina e adiponectina.

A leptina pode ser secretada, inclusive, em maior quantidade pelos adipócitos da medula do que pelas células de gordura subcutâneas. O principal efeito desse hormônio é sobre o controle do apetite, mas evidências recentes demonstram que está envolvida no controle da massa corporal, na reprodução, na imunidade, na cicatrização e na função cardiovascular.

Entre as preocupações, está a interferência dessa gordura na ocorrência de doenças. A osteoporose, por exemplo, é uma complicação frequente da anorexia nervosa, e uma forte suspeita de participação nesse problema é o aumento da gordura nos ossos. Nos seres humanos, é bem-estabelecido que a alta gordura da medula está associada com perda de massa óssea na osteoporose, em particular durante a anorexia nervosa e no envelhecimento.

 

Fonte: Blog Saúde Plena

Imagem: Bigstock by: Eraxion

Gordura trans: conheça os riscos e saiba como identificar

A gordura trans, encontrada em alimentos industrializados, teve origem no início do século passado para substituir a gordura animal, dar mais sabor, conservar por mais tempo e melhorar o visual dos alimentos. Estudos recentes comprovam que o excesso desse tipo de gordura é o mais prejudicial à saúde. O que é então a gordura trans e quais os riscos de seu consumo? 

Ela é composta por ácidos graxos insaturados. Um óleo encontrado na natureza, por exemplo, possui os átomos distribuídos em posição paralela. No entanto, quando é submetido ao tratamento industrial de hidrogenação, a estrutura química do óleo é modificada, fazendo com que os ácidos graxos fiquem com os átomos em alinhamento transversal – que fazem parte da confecção da gordura trans. 

A quantidade de gordura trans que deve estar presente na alimentação é um grande debate. Apesar de ser prejudicial, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indica um consumo mínimo de 1% das calorias diárias. Alguns produtos podem possuir até quatro gramas por porção, o que elevaria em cinco vezes o consumo diário recomendado pela OMS. De uma maneira geral, no entanto, a grande indústria já se conscientizou sobre os problemas deste excesso, reduziu e vem reduzindo cada vez mais as quantidades de gordura trans presentes em seus alimentos, tirando do mercado, inclusive, os produtos que a possuíam em excesso. 

Se pensarmos em um adulto que deve consumir 30% de gorduras por dia, de acordo com a ingestão diária recomendada, devemos considerar que 1% dessa quantidade virá da gordura trans, o que corresponde ao consumo de 0,8 gramas da substância por dia. Já uma criança, que possui uma recomendação de ingestão diária menor do que a de um adulto teria de ingerir no máximo 0,6 gramas de gordura trans. 

A consequência deste alto consumo pode ser o aumento dos níveis de colesterol ruim, o LDL, e a diminuição do colesterol bom, HDL, elevando o risco de aterosclerose, infarto e acidente vascular cerebral. Mas o mais importante é que as pessoas reflitam sobre o que comer e quando comer. Um prato de arroz, feijão e bife pode ter a mesma quantidade de proteínas e vitaminas que um hambúrguer, por exemplo. O problema está, na realidade, na quantidade de maionese, ketchup e mostarda utilizada. A escolha e a reflexão sobre o consumo adequado e consciente destes e de qualquer alimento é a chave para uma alimentação correta e balanceada.

Gordura trans escondida

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina listou 23 ingredientes que podem conter a gordura trans.

Confira:

– Gordura de soja parcialmente hidrogenada
– Gordura hidrogenada
– Gordura hidrogenada de soja
– Gordura parcialmente hidrogenada
– Gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada
– Gordura vegetal hidrogenada
– Gordura vegetal parcialmente hidrogenada
– Hidrogenada
– Margarina vegetal hidrogenada
– Óleo de milho hidrogenado
– Óleo vegetal de algodão, soja e palma hidrogenado
– Óleo vegetal hidrogenado
– Óleo vegetal líquido e hidrogenado
– Óleo vegetal parcialmente hidrogenado
– Creme vegetal
– Composto lácteo com gordura vegetal (2º ingrediente gordura vegetal)
– Gordura
– Gordura vegetal
– Gordura vegetal de girassol
– Gordura vegetal de soja
– Margarina
– Margarina vegetal
– Mistura láctea para bebidas (3º ingrediente gordura vegetal)

ESCRITO POR:
Durval Ribas Filho
Nutrologia

Fonte: Minha Vida

O MARAVILHOSO ABACATE!

É muito comum as pessoas terem medo de consumir abacate devido à ideia de que ele engorda ou até de que aumenta o colesterol. Porém, este é um grande mito. O abacate é uma fruta muito saudável e possui propriedades maravilhosas.
O abacate realmente é uma fruta gordurosa, mas é composto por “gorduras boas”, principalmente ácidos graxos insaturados e, como qualquer alimento de origem vegetal, não possui colesterol em sua composição, pelo contrário, ele auxilia na redução do “colesterol ruim” (LDL) e no aumento do “colesterol bom” (HDL), principalmente devido à ação do ácido oleico, um ácido graxo monoinsaturado, presente também no azeite de oliva. Essa gordura também auxilia na redução dos triglicerídeos, previne infartos, tromboses e alguns estudos mostram que pode até combater os sintomas da depressão. 

Essa fruta também é rica em beta-sitosterol, uma substância com importante efeito na redução da resistência a perda de peso, além disso, ela modula a produção da insulina e reduz o açúcar no sangue, prevenindo o surgimento do diabetes. O beta-sitosterol também tem efeito redutor do cortisol (“hormônio do estresse”), é imunomodulador, anti-inflamatório, bactericida, antiviral e fungicida. Além disso, o abacate é rico em vitamina E, vitaminas do complexo B, zinco, potássio, magnésio e fibras.

Outro aspecto bem legal do abacate é a versatilidade, ele pode ser usado em inúmeras preparações doces e salgadas e até como substituto de alguns derivados do leite. É possível utilizá-lo, por exemplo, como base para vitaminas, sorvetes, coberturas, mousses, cremes, pastas, patês, guacamole, maionese, saladas, etc.

Fonte: Sem Gluten Sem Lactose