Mas, afinal, o que se entende por metabolismo? O termo resume uma gama de reações fisiológicas que controlam o saldão ou o estoque de energia para manter o corpo vivo. Acontece que algumas atitudes diárias fazem as engrenagens do corpo humano rodarem mais rápido, ou seja, elevam o ritmo com que usamos nossas reservas mesmo horas depois de suarmos a camisa ou terminar a refeição.
Antes de explorarmos um dos principais pilares que sustentam o metabolismo acelerado, devemos esclarecer que o gasto calórico tende a variar um pouco de pessoa para pessoa é claro que há exceções à regra, que conspiram a favor da obesidade. E ele responde diretamente à atividade dos hormônios.
O metabolismo, contudo, não gira em função exclusiva da atividade física. Ele também é influenciado pela dieta. “Alguns alimentos exercem um efeito termogênico, isto é, aumentam a temperatura corporal, ocasionando maior desembolso de calorias”, diz a nutricionista Elaine de Pádua, de São Paulo. E quem está por trás do efeito termogênico? A proteína tem larga vantagem sobre outros macronutrientes carboidratos e gorduras. É por isso que cardápios altamente proteicos facilitam a perda de peso. A saída, nesse caso, é incrementar as doses do nutriente, mas procurar cortes magros e variar as opções à mesa peixes e legumes também contribuem com essa cota.
Recentemente, averiguou-se que tipos específicos de lipídio teriam capacidade de fazer a temperatura corporal subir e, assim, torrar mais calorias. Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro aposta suas fichas nas substâncias encontradas no óleo de coco virgem. Regado sobre a refeição, ele induziria mais termogênese e saciedade. Só vale lembrar que, se o assunto é perder peso, o óleo deve fazer parte de um menu balanceado, sem direito a exageros.
Há, na realidade, uma fornada de substâncias sob investigação com potencial para esquentar o organismo e fazê-lo derreter seus estoques gordurosos. Já demonstraram sua eficácia a capsaicina, da pimenta e do gengibre, e a catequina, do chá verde. E sabe aquela história de que água gelada emagrece? Pois uma investigação do Sheba Medical Center, em Israel, comprovou que ela tem mesmo essa vocação. “A hidratação dos músculos faz com que eles dispensem mais energia”, acredita o autor, Gal Dubnov-Raz. Com o líquido frio, o corpo sofre uma espécie de estresse e gasta calorias para entrar em equilíbrio de novo.
Embora os exercícios somados ao cardápio representem a principal forma de mexer com o metabolismo, ainda há outros fatores que interferem nele de forma mais indireta. Como toda ajuda é bem-vinda na hora de expulsar a gordura excedente, vale a pena analisá-los e, o principal, adotar algumas estratégias que, segundo novas pesquisas, dão aquele empurrão no extermínio calórico. Uma delas é a quantidade e a qualidade do sono. Sabe aquela conversa de que dormir ajuda a emagrecer? Ela tem fundamento se considerarmos a influência das horas sobre a cama no balanço energético. É no sono que o corpo libera o hormônio do crescimento, fundamental para conservar a massa muscular nos adultos. Além disso, sob repouso, o organismo regula a produção de leptina, hormônio envolvido com a saciedade. Quem foge do travesseiro fica mais mole, com uma musculatura menos sedenta de energia e, na contramão, persiste com a fome de leão.
Muitas vezes, não é que a gente queira deixar de dormir, mas algo dificulta a tarefa de pregar os olhos. Como você deve saber, o principal patrocinador de noites em claro é o estresse. Minimizá-lo, por meio de atividades prazerosas e esportes, melhora não só o descanso como ainda tira da frente outro sabotador do metabolismo.