Transtorno alimentar pode ter origem de transmissão psíquica!

Em uma pesquisa realizada pela USP, concluiu-se que o transtorno do comportamento alimentar, como a anorexia nervosa (AN), pode ter origem de transmissão psíquica entre mãe e filha.

O estudo sugere que os mesmos tratamentos que a avó passou para a mãe serão transmitidos também para a filha e assim por diante. Isto pode desencadear diversos problemas, como a anorexia.

Para chegar a este resultado, foram pesquisadas seis famílias, onde três gerações de mulheres (avó, mãe e filha – esta em tratamento contra AN) participaram. Observou-se, então, que os cuidados maternos, ou a falta de tratamento afetivo, eram transmitidos a cada geração. Isto provocava, e continua provocando, atritos entre os familiares, sem que tenham consciência da origem do problema. Ou seja, aquilo que a filha criticava na mãe, em se tratando do seu comportamento materno, acaba tornando-se uma característica dela também ao torna-se mãe.Desta forma, o atrito entre as gerações provoca problemas e, somado a outras causas, forma a anorexia.O resultado da pesquisa ajuda a melhorar o tratamento de pacientes que sofrem do transtorno.

 

Fonte: Blog da Saúde

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Comer frutas diminui doenças cardíacas

Comer frutas todos os dias pode diminuir o risco de sofrer com doenças do coração em 40%, sugere nova pesquisa. O novo estudo observou mais de 400 mil pessoas por sete anos, onde todos deveriam dizer sobre o seu consumo de frutas: nunca, mensalmente, 1 a 3 vezes por semana, 4 a 6 vezes por semana ou diariamente.

Os pesquisadores compararam quem consumia frutas todos os dias com quem não ingeria e notaram uma queda de 25% a 40% no risco de sofrer com doenças do coração. Além disso, aos serem comparados, os consumidores de frutas apresentaram pressão sanguínea baixa.

Este estudo não foi o primeiro a encontrar uma conexão entre comer frutas e ter uma saúde do coração melhor. Uma pesquisa realizada com 110.000 homens e mulheres durante 14 anos mostrou que as pessoas que comiam frutas e verduras diariamente possuíam um baixo risco em desenvolver doenças cardiovasculares. Alguns estudos encontraram também que frutas cítricas, como laranja, limão e uvas, possuem benefícios protetores.

Fonte: Blog da Saúde

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Corridas curtas são tão saudáveis quanto as longas

Correr faz bem à saúde. Os resultados de uma pesquisa feita mostram que isto não é apenas válido para treinos intensivos, mas também para pequenas sessões de cinco a dez minutos por dia.

Pesquisadores de uma Universidade nos Estados Unidos analisaram dados de mais de 55.000 adultos (com idades entre 18 e 100 anos) e os acompanharam por 15 anos. Eles descobriram que correr regularmente aumenta a expectativa de vida em aproximadamente três anos, em comparação com não corredores.

Entretanto, a duração, distância ou velocidade não foram decisivos. Correr em uma velocidade de menos de dez quilômetros por hora beneficia a saúde tanto quanto correr mais rápido. O tão conhecido ‘trote’ (marcha mais rápida que a caminhada, porém mais lenta que a corrida) também pode ser substituído por uma caminhada rápida diária de 15 minutos.

Correr é especialmente eficaz na prevenção de doenças cardiovasculares, segundo o estudo. Em comparação com pessoas que não praticam corrida, os corredores têm um risco 50% mais baixo de morrer de doenças cardiovasculares.

 

Fonte: Blog Farmácia Terapêutica

Imagem: Bigstock – By:  L  i g h t p o e t

Saúde: tratamento da osteoporose

A alimentação de mulheres na menopausa com osteoporose influencia na gravidade da doença. Aquelas que mantêm um padrão de alimentação que inclui grandes quantidades de doces, chás e café tendem a ter a densidade óssea mais baixa. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. O estudo também constatou que pessoas com o peso saudável que costumam comer frutas, verduras e legumes tendem a ter osteoporose mais leve. Muito além do cálcio, os dados sugerem que, nesta doença, a alimentação pode ser coadjuvante do tratamento com medicamentos.

A pesquisa buscou entender se a alimentação de mulheres que já têm osteoporose pode exercer influência nos valores da densidade mineral óssea delas. Esta medida indica se o osso encontra-se em estado de “normalidade”, ou seja, com tamanho e dureza adequados. A doença é caracterizada pela desmineralização (perda de minerais, principalmente cálcio) dos ossos, tornando-os mais frágeis e porosos. Geralmente, quando um médico faz o diagnóstico dela, indica medicamentos e a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, pois o nutriente participa da formação e manutenção dos ossos.

Os resultados do estudo sugerem que, além desse tratamento convencional, mais mudanças na alimentação podem implicar melhora no quadro. Entre as mulheres participantes, quem comia grandes quantidades de doces, chás e cafés tinha também uma menor densidade mineral óssea tanto no fêmur quanto em todo o corpo. Essa medida era maior, no entanto, para aquelas com o IMC saudável cuja alimentação tinha grande participação das frutas, vegetais e tubérculos.

Prevalência em mulheres

A osteoporose é uma doença que acomete muito mais mulheres, principalmente porque ela está envolvida com o hormônio estrógeno. A produção deste hormônio tende a diminuir após a menopausa, estágio em que estavam todas as participantes da pesquisa, o que leva à maior “retirada” do cálcio do osso, aumentado assim, o risco de osteoporose.

A pesquisa foi feita com 156 mulheres com osteoporose, que já haviam passado pela menopausa. Além de coletar dados como peso, altura e realizar o exame da densitometria óssea nas participantes, a pesquisa buscou entender como elas se alimentavam. Para isso, elas registraram tudo que comeram durante três dias não consecutivos, dois durante a semana e um no fim de semana.

Após esta etapa, todos os dados foram computados em um software de nutrição e todos esses alimentos divididos em grupos, que foram agregados por uma análise estatística feita em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. Do agrupamento entre grupos de alimentos relacionados, surgiram os cinco padrões alimentares considerados na pesquisa. Eles são o padrão “saudável”, caracterizado pelo consumo de vegetais, frutas e tubérculos, o padrão “carne vermelha e cereais refinados”, o padrão de “leite e derivados magros” (leite e iogurtes desnatados, queijos magros etc), o padrão de “doces, café e chás”, que incluía açúcar, mel, e doces em geral, e o padrão “ocidental”, caracterizado pelo elevado consumo de refrigerantes e fast food.

Daí, uma análise de regressão linear foi feita para entender a relação entre o consumo desses padrões com a densidade do osso de cada pessoa. Muitas vezes, a alimentação acaba exercendo um efeito muito pequeno, que acaba não sendo detectado em questões estatísticas. Mesmo assim, a pesquisa conseguiu encontrar associação entre dois padrões de alimentação e a densidade do osso entre as mulheres com osteoporose avaliadas.

 

Fonte: Blog da Saúde

 

Imagem: Bigstock – By: Ifong 

Para pesquisadores, os analgésicos são responsáveis por aumentar a pressão arterial

De acordo com a instituição Erasmus University Medical Center in Rotterdam, na Holanda, o uso de analgésicos pode aumentar em até 80% o risco de arritmia (descompensação nos batimentos cardíacos).

O estudo foi publicado na especializada BMJ Open e analisou por 13 anos, 8.423 pacientes com uma idade média de 70 anos. O levantamento analisou a pressão arterial, colesterol e níveis de tabagismo e problemas cardiovasculares. O maior risco de desenvolver o mal foi decorrente ao uso de analgésico.

Para os pesquisadores, os analgésicos são responsáveis por aumentar a pressão arterial e reter fluídos – fatores que podem causar arritmia. Quando a pessoa ingere um analgésico, está sentindo dores que podem liberar estresse orgânico, que também descompensa os batimentos cardíacos. As hipóteses relacionam não só o remédio em si, mas a situação de dor do paciente. Ainda assim, os cientistas reforçam que a relação entre os analgésicos e a reação ainda é incerta e necessita de mais aprofundamento. Para substituir os analgésicos, a melhor saída é procurar um especialista.

Os sintomas mais frequentes da arritmia são tonturas frequentes, palpitações intensas, desmaios, mal estar, confusão mental, pressão baixa, dor no peito e fraqueza. A doença é silenciosa, pois os sintomas aparecem gradativamente. Por fora, o paciente e o médico dificilmente conseguem diagnosticar a doença. Se não tratada, a arritmia pode causar morte subida, pela descompensação cardíaca.

 

Fonte:Blog Farmácia Terapêutica – por Caroline Sarmento

Terapia com testosterona aumenta o risco de infarto

O uso de testosterona tem crescido nos últimos anos. A maior parte do uso se concentra entre homens de meia idade e com idades acima de 65 anos, na expectativa de superar perdas de energia sexual e massa muscular, associadas à diminuição de testosterona. Muitos jovens adeptos do fisiculturismo passaram, também, a usar testosterona e derivados para apressar o ganho de massa muscular. O aumento da venda, tem sido vertiginosa, segundo fontes do setor, superando a do Viagra no ano de 2013 nos Estados Unidos.

Algumas pesquisas recentes já vinham alertando para os perigos da utilização da testosterona fora das indicações muito rígidas para determinados problemas endocrinológicos. Porém, a maior parte destes estudos não foi conclusiva, devido, principalmente, a limitações metodológicas, o que reduz o seu impacto e aplicabilidade. No entanto, no dia 29 de janeiro último, foi publicado uma pesquisa mais ampla e consistente na revista científica online PLoS One, onde os cientistas conduziram um estudo utilizando uma base de dados de mais de 55 mil indivíduos.

Foi avaliado o risco de infarto agudo do miocárdio pelo acompanhamento da incidência deste evento no período de 90 dias após o início do uso de testosterona. O risco de ataque cardíaco dobrou neste período para homens acima de 65 anos e para aqueles abaixo de 65 anos com história de doença cardíaca. Após os 90 dias, aqueles homens que não continuaram com o tratamento, retornaram ao risco cardíaco que tinham antes de tomar o hormônio.

Os pesquisadores alertam que não existem evidências que garantam segurança para o uso em jovens sem história de doença cardíaca e que usam o hormônio sem uma indicação médica adequada.

Desde que este tipo de estudo epidemiológico não determina relações de causa e efeito, os possíveis mecanismos pelos quais a reposição de testosterona causaria o ataque cardíaco são especulativos. Um caminho plausível é o provável efeito da testosterona em promover a formação de coágulos, levando a uma obstrução das artérias coronárias e o consequente infarto. Certamente, mais estudos são necessários para esclarecer a biologia desta relação.

Até lá, o uso de testosterona deveria ser restrito às indicações médicas indiscutíveis, e baseado nas melhores evidências científicas disponíveis.

Fonte: ABC da Saúde