Alimentação saudável na infância evita doenças futuras

Comidas industrializadas, fast food e sedentarismo. Uma bomba prestes a explodir dentro de casa e que traz junto problemas para crianças e adolescentes causados pelo sobrepeso e obesidade. Quando a criança deixa de ser “fofinha” e precisa de maior atenção dos pais? Qual é a hora de olhar mais atentamente para o filho que está acima do peso, sem ânimo para brincar e comendo compulsivamente?

Quem tem filhos ou é responsável por uma criança sabe bem o que esse tipo de preocupação representa. Criança que sofre de obesidade, além dos problemas comuns à condição, pode sofrer de uma série de danos psicológicos, como baixa autoestima e até mesmo bullying dos colegas.

Outro comportamento que deve ser levado em conta é a compulsão por comida. Uma criança que, após almoçar bem, pede lanche ou biscoito, precisa de uma atenção maior. É preciso separar a fome da compulsão, é difícil esse controle, mas os pais devem fazer esse esforço.

A criança começa a dar sinais de que algo está errado e os pais devem perceber: as roupas deixam de servir ou estão sempre apertadas em função do aumento de peso, a criança fica facilmente cansada e se nega a participar de brincadeiras que exijam esforço físico.

Uma forma de saber se algo está errado com o filho é acompanhar o gráfico da curva de crescimento e de peso. Diante de qualquer alteração, um nutricionista deve ser procurado. A mãe pode ter esse gráfico em casa e ele ajuda muito nesse controle.

O que fazer?

Não adianta a criança sozinha passar por um processo de reeducação alimentar. A família toda precisa agir em conjunto. Não existe dieta personalizada para a criança que está acima do peso, pois ela vai se sentir excluída e a família deve ajudar.

Uma criança em idade de crescimento precisa diariamente ingerir, no mínimo, 1800 calorias. Qualquer redução vai prejudicar o desenvolvimento ósseo e o crescimento em geral. O importante é iniciar hábitos saudáveis de alimentação e eliminar da dieta da criança os alimentos ricos em gorduras saturadas, como biscoito recheado. Poucos sabem, mas os hábitos alimentares são formados desde a gestação. Os pais, cada vez mais ausentes por conta do trabalho e outros afazeres, acabam negligenciando e agindo por compensação. Por isso o processo de reeducação precisa necessariamente passar pelos pais.

Para traçar o mapa de risco da criança, é preciso levar em conta o fator genético, a ingestão de alimentos ricos em açúcares/gorduras saturadas e o sedentarismo. Hoje, as crianças dificilmente se exercitam, brincam de bola ou andam de bicicleta. A geração dos videogames e dos tablets tende a sofrer ainda mais com a obesidade.

Para virar esse jogo, os pais precisam estimular atividades físicas como caminhadas, patins, patinetes, bicicletas. Costumes que, aliados a uma alimentação saudável, podem render bons resultados.

Vale lembrar que a educação em casa é primordial, mas a participação da escola é fundamental também.

 

Fonte: G1

Imagem: Bigstock by oksun70

Estresse X Obesidade

Estresse engorda, sim. Mas não é somente um reflexo psicológico de compensação oral, como se costumava dizer. Há um aumento de apetite, fruto de uma reação combinada de agentes químicos desencadeada pela tensão. São neurotransmissores e hormônios que, além de aumentar a fome, provocam o acúmulo de gordura, principalmente nas regiões abdominal, do tronco e rosto.

De nada adianta também regimes malucos ou exercícios mal-feitos se você está insatisfeito com sua vida. A insatisfação e a infelicidade também dificultam o processo de emagrecimento, pois isto também gera estresse, mesmo que inconscientemente.

Busque, primeiro, sua felicidade, seja no amor ou na vida profissional. Nem sempre um casamento que está se arrastando é a solução. A comodidade no trabalho ou na relação também prejudica nossa felicidade. Pense nisso, a vida é muito curta para não tentarmos ser felizes!

O estresse leva a hipófise (glândula de secreção situada no centro do cérebro) a produzir mais hormônio. Este estimula a glândula supra-renal a produzir mais cortisol (hormônio conhecido como cortisona natural).

O cortisol, quando em excesso, inibe a leptina, substância reguladora do apetite e que age no hipotálamo, permitindo também uma maior retenção de líquidos e maior síntese e acúmulo de gordura. Dessa forma, os dois fatores combinados – o apetite maior e o metabolismo propício ao acúmulo de gordura – levam à obesidade.

 

Fonte: Psicobesidade

Imagem: Bigstock – By: Kzenon 

Celutite

Pode-se descrever a celulite como bolsas de gordura acumuladas por baixo da pele causando covas nas ancas, coxas, nádegas e abdômen.

A celulite é caracterizada pelo aparecimento de ondulações da pele, dando a ela um aspecto de casca de laranja. É uma degeneração do tecido gorduroso com deficiência de circulação. A gordura localizada é uma predisposição individual ao acúmulo de gorduras.

As “covinhas” da celulite ocorrem devido à saliência da gordura hipodérmica na pele. Em mulheres, o tecido adiposo da hipoderme deposita-se em grandes feixes verticais. Esses feixes são separados por septos fibrosos perpendiculares à superfície da pele, formando assim câmaras verticais. Esses septos, portanto, separam as células gordurosas em grupos e são formados por fibras que ligam a pele à musculatura localizada abaixo da hipoderme.

A celulite é um problema estético que incomoda muito e acaba com a auto-estima de qualquer mulher. Ocorre em 90% das mulheres logo após a adolescência e raramente acontece nos homens. Ao contrário do que se diz, a celulite não está relacionada com a obesidade. Aparece em pessoas obesas, normais e magras.

A celulite é causada pelo aumento do tecido gorduroso sob a pele. Este processo acarreta alterações na micro-circulação e conseqüente aumento do tecido fibroso.

O que pode causar a celulite?

– Hereditariedade;

– Problemas circulatórios. Quando o sangue não flui bem, a drenagem das toxinas fica prejudicada e isso deixa o líquido que fica entre as células mais viscosas;

– Alterações Hormonais. Níveis de estrogênio (hormônio feminino) muito altos provocam disfunções no metabolismo que podem criar ou agravar a celulite. A pílula anticoncepcional também pode desencadear o problema, pois adiciona mais uma dose de hormônios circulando em seu organismo;

– Também é importante analisar seu estilo de vida. A má alimentação, o sedentarismo, a tensão emocional e o excesso de toxinas no organismo contribuem para o aparecimento da celulite.

 

Fonte: Beleza e Saúde

Imagem: Bigstock – By: Wckiw 

Boa alimentação evita doenças crônicas ligadas à obesidade

Uma alimentação saudável pode ser uma grande aliada na conquista de mais qualidade de vida, saúde e bem-estar. A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feita com 53 mil brasileiros adultos, revela um aumento na prática de atividade física e no consumo recomendado de frutas e hortaliças. O levantamento mais recente do Ministério da Saúde mostra que, pela primeira vez em oito anos consecutivos, o percentual de excesso de peso e de obesidade se manteve estável no país. O consumo diário de alimentos mais saudáveis e a prática de atividades regulares evitam uma série de doenças crônicas causadas pela obesidade.

Para manter uma dieta balanceada e saudável, o prato deve conter diariamente hortaliças (verduras e legumes). Esses alimentos fornecerem vitaminas, fibras, minerais e outros componentes bioativos que trazem uma série de benefícios para o organismo. De acordo com a nutricionista Raquel Sanchez Franz, da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor do Ministério da Saúde, o ideal é montar um cardápio rico em nutrientes, proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas, minerais e fibras. “Uma dica é servir metade do prato com hortaliças. Isso garante a quantidade adequada de nutrientes e ajuda diretamente no bom funcionamento do organismo”, afirma.

Todas as frutas e verduras possuem algum tipo de nutriente

As frutas e verduras são alimentos ricos em vitaminas, minerais, fitoquímicos e fibras. Por isso, é fundamental ingeri-las para que as células possam ter um funcionamento adequado. O consumo regular de uma variedade de frutas, legumes e verduras, juntamente com alimentos ricos em carboidratos pouco processados, oferece garantia contra a deficiência da maior parte de vitaminas e minerais, aumentando a resistência às infecções, além de evitar a obesidade.

Uma alimentação equilibrada garante elementos fundamentais para manter uma boa saúde

Ela promove o bem estar físico e mental. Dessa forma, uma dieta saudável pode reduzir os riscos de doenças do coração  e crônicas, prevenindo o estresse e melhorando a disposição, o que traz mais qualidade de vida.

Dicas saudáveis para os lanches entre as refeições principais

Boas opções são frutas, sucos naturais, frutas desidratadas, barras orgânicas de frutas, iogurte natural desnatado, sanduíche com pão integral, tapioca e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas). Essas são alternativas ideais para o consumo diário, evitando assim o consumo excessivo de biscoitos industrializados, pão branco, salgados fritos, cachorro quente e pizza, entre outros alimentos que são feitos com farinha refinada, que possuem muita gordura e/ou sódio.

 

Fonte: Bonde

Boa relação entre mãe e filho reduz risco de obesidade na adolescência

A qualidade do relacionamento entre a mãe e o seu pequeno pode afetar a probabilidade de a criança desenvolver obesidade durante a adolescência, sugere novo estudo realizado pela Ohio State University (Estados Unidos). Os resultados aparecem no periódico Pediatrics.

Para chegar à conclusão, os estudiosos analisaram dados de 997 participantes do Study of Early Child Care and Youth Development, um projeto do Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. A amostra inclui diversas famílias, cujas crianças nasceram em 1991.

Observadores treinados avaliaram o apego da criança à mãe e a sensibilidade materna, documentando as interações entre mãe e filho em três épocas: quando os pequenos tinham 15, 24 e 36 meses de idade. Para medir a sensibilidade materna, as mães foram instruídas a brincarem com seus filhos, enquanto os pesquisadores pontuavam vários aspectos do comportamento da mãe, o que inclui apoio e respeito pela autonomia da criança, assim como sinais de intromissão e hostilidade.

Os investigadores também avaliaram a segurança na relação de crianças de 15 e 36 meses com a mãe, monitorando os momentos de separação e reencontro com suas mães. Aos 24 meses de idade, os pesquisadores avaliaram essa segurança observando o relacionamento em casa.

A sensibilidade maternal se refere à habilidade da mãe em reconhecer o estado emocional de sua criança e responder com conforto, consistência e carinho. Psicólogos descrevem uma criança com ligações seguras com sua mãe como aquelas que têm nos pais uma espécie de “porto seguro”, o que permite que os pequenos explorem os ambientes de forma livre, se adaptem às pessoas facilmente e sejam confortadas em situações de estresse. Crianças de um a três anos que possuem ligações inseguras tendem a ter experiências negativas com seus pais e podem responder ao estresse com raiva extrema, ansiedade e evitar ou recusar interação com outras pessoas.

Índice de qualidade mãe-filho

Usando estes fatores – sensibilidade materna e segurança na ligação da criança com sua mãe – os pesquisadores desenvolveram um índice de qualidade de relação mãe-filho, que variava de zero a seis e servia para medir a experiência de relacionamento dos pequenos: cada ponto refletia uma amostra de ligação insegura da criança ou baixa sensibilidade da mãe. Uma pontuação igual ou maior a três indicava um relacionamento de qualidade pobre.

Depois, os pesquisadores calcularam o índice de massa corpórea (IMC) da criança usando seu peso e altura em idade próxima aos 15 anos. O IMC foi convertido em percentuais por idade e sexo, com base na tabela de crescimento desenvolvida pelo Centers for Disease Control and Prevention. De acordo com essas diretrizes, a criança foi considerada obesa se o percentual foi equivalente ou maior a 95 nessa tabela.

Ao todo, 241 crianças (ou 24,7%) foram classificadas como portadoras de um relacionamento pobre com suas mães durante a infância. Entre elas, a prevalência de obesidade na adolescência foi de 26,1%. A ocorrência de obesidade foi menor entre aqueles que mantiveram boas relações: 15,5%, 12,1% e 13% entre mães e filhos com pontuação de dois, um e zero, respectivamente. Desse modo, os pequenos que tiveram relacionamentos de baixa qualidade com suas mães logo no começo da vida eram quase duas vezes e meia mais propensos à obesidade quando adolescentes do que aquelas crianças que mantiveram relacionamentos melhores com suas mães.

Para os pesquisadores, a associação entre as experiências durante a infância e a obesidade na adolescência tem origem no cérebro. O sistema límbico do cérebro controla a resposta ao estresse, assim como o ciclo sono-vigília, fome e sede e mais uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação hormonal. Eles acreditam que pais sensíveis criam um vínculo afetivo saudável com seus pequenos, melhorando a resposta ao estresse. Essa resposta bem regulada pode interferir na forma como a criança dorme e se ela come em resposta à angústia emocional – e esses são dois dos fatores que influenciam a probabilidade de obesidade.

A obesidade pode ser uma manifestação de irregularidades no funcionamento do sistema de resposta ao estresse. Os pais ajudam a criança a desenvolver a habilidade de responder de maneira saudável ao sentimento, protegendo o seu pequeno de níveis extremos de estresse.


Pais omissos geram crescimento da obesidade infantil

Falta pulso firme aos pais na hora de controlar a dieta dos filhos. A conclusão é de um estudo, realizado na Escola de Medicina de Harvard (EUA), a respeito do crescimento dos casos de obesidade infantil. Após acompanhar a rotina de 440 pais de crianças com sobrepeso ,os médicos descobriram que o problema, na maioria das vezes, não está na falta de informação: os adultos sabem o que prejudica a saúde dos filhos, mas sentem-se inseguros em proibir os maus hábitos.

Os pais foram estimulados a vetar a televisão na hora das refeições, reduzir o consumo de fast-food, cortar os refrigerantes, obrigar a prática de exercícios físicos e aumentar o número de refeições feitas. Mas nem sempre as mudanças aconteceram: muitos adultos sentiam-se castigando as crianças ao assumir algumas das medidas as limitações quanto ao uso da televisão e as refeições em família foram as regras mais desrespeitadas. O grupo incluía pais de crianças com idades entre dois e doze anos.

O estudo também identificou que os adultos que se mantinham no peso ideal mostraram-se mais à vontade para impor as proibições às crianças ao contrário dos pais obesos, mais relutantes em manter as restrições. A autoconfiança também se apresentou diretamente proporcional ao nível de estudo dos pais: aqueles com graduação superior mantiveram-se mais firmes.


Fonte: Dieta e Saúde
Imagem: CDN Mundo das Tribos

Bactérias intestinais e obesidade

A obesidade é uma doença associada a uma alta ingestão energética e uma das principais abordagens de seu tratamento é a restrição calórica. Muitos estudos estão em andamento sobre os mecanismos que levam algumas pessoas a desenvolver obesidade e outras não. Aspectos de estilo de vida, sócio-culturais e econômicos certamente têm uma contribuição importante. Alterações em mecanismos neuroendócrinos que atuam no circuito de recompensa no cérebro, o que leva a caracterizar a obesidade como um tipo de adição, também têm sido propostas como fator associado à obesidade.


Recentemente tem surgido uma nova perspectiva de compreensão dos mecanismos que levam à obesidade. Essa nova abordagem está vinculada às recentes descobertas indicando uma grande quantidade e diversidade na composição dos microrganismos que habitam o organismo humano. Os resultados de um projeto internacional (Human Microbiome Project Consortium) que visa caracterizar o “segundo genoma humano” – chamado de microbioma humano – demonstram que este microbioma consiste em mais de 10.000 espécies de micróbios, abrangendo 8 milhões de genes microbianos. Estima-se que em uma pessoa pesando 90 kg, de 3 a 6 kg sejam micróbios, a maior parte deles coexistindo saudavelmente com os humanos e resultando em benefícios mútuos.


Pois parte dessas bactérias habitam o sistema digestivo e parecem influenciar o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. Pessoas que têm maior facilidade de engordar apresentam em seu trato intestinal um maior nível de certas espécies de bactérias quando comparados com indivíduos magros. O intestino, sendo o órgão onde o alimento é processado e absorvido, desempenha um papel crucial no ganho e na perda de peso.


Além disso, os dados também sugerem que o tipo de alimento influencia decisivamente o padrão do microbioma intestinal. Dessa forma, a dieta ocidental vigente, com alto conteúdo de gordura saturada, carboidratos simples e alimentos refinados, colaboraria para o desenvolvimento de um microbioma intestinal que predispõe à obesidade, enquanto os alimentos integrais e ricos em fibras favoreceriam o microbioma contrário à obesidade.


Mesmo que não se saibam os mecanismos exatos pelos quais estas bactérias regulam a absorção energética, estes resultados indicam uma complexa interação entre o ser humano e a natureza, incluindo, além dos conhecidos ecossistemas externos, um novo e inexplorado ecossistema interno.

Fonte: ABC da Saude